
As rochas, sobre as quais vivemos, têm uma longa história para contar...
quarta-feira, 28 de março de 2012
Mini-Curso "Geodiversidade e Geoturismo"

quarta-feira, 21 de março de 2012
Geoparque Seridó é Tema de Programa da Rede Tv
A equipe, durante esses dias, em companhia do Prof. Marcos Nascimento (UFRN) e Yves Guerra (SEBRAE), visitou vários geossítios, conversou com os moradores locais e artesãos, com guias/condutores de turismo e demais pessoas que fazem parte dessa mobilização para tornar o Geoparque Seridó uma realidade. A ideia é reforçar a importância científica, turística, social e cultural da região.
Os geossítios visitados foram Pico do Totoró, Cruzeiro, Cânion dos Apertados e Mina Brejuí (Currais Novos); Açude Gargalheiras e Cruzeiro (Acari); Sítio Arqueológico Xiquexique (Carnaúba dos Dantas); Açude Boqueirão e Serra da Igrejinha (Parelhas); e Serra Verde (Cerro Corá). Nestes locais a equipe teve a oportunidade de conhecer os valores científico, educativo e turístico e a importância da conservação dos mesmos.
Além dos geossítios foram visitados também o Museu Histórico/do Sertanejo em Acari, bem como os artesãos Dimas Ferreira (escultura em granito), Inácio Lima (artesanato em minerais e rochas) e Ambrósio Córdula (arte sacra).
Em alguns geossítios e no Museu Histórico/do Sertanejo a equipe da Rede TV foi guiada por profissionais que já trabalham na região, como Raiane Araújo (Pico Totoró e Cruzeiro de Currais Novos), Damião Carlos (Sítio Arqueológico Xiquexique), Roni Von (Serra Verde), Jorge Santos/Odon (Mina Brejuí) e Maria da Guia (Museu). No sábado a Rede TV ainda acompanhou na prática um grupo de turistas guiado pela equipe do Pé na Estrada Trilhas Ecológicas (http://www.penaestradatrilhas.com.br) sob o comando de Gilson Bezerra, onde foram visitados o Sítio Arqueológico Xiquexique e a Serra da Capelinha, neste último com direito a subida na serra com o grupo de jipeiros de Parelhas.
O Geoparque Seridó faz parte de um projeto maior, coordenado pelo Serviço Geológico do Brasil do Ministério de Minas e Energia do Governo Federal, denominado Geoparques do Brasil, contando hoje com 28 propostas avaliadas, em avaliação e programadas (http://www.cprm.gov.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=134). Dentre as quais a proposta Geoparque Seridó já se encontra finalizada, com o inventário realizado pela equipe do Serviço Geológico do Brasil em parceira com o Departamento de Geologia da UFRN (http://www.cprm.gov.br/geoecoturismo/geoparques/serido/index.html), sob a coordenação do Prof. Marcos Nascimento.
A equipe da Rede TV era formada pela repórter Clarissa Capistrano, cinegrafista Fred Marques e Auxiliar/Motorista Teixeira.
Vejam algumas fotos:
Foto 2 – Paisagem do Açude Gargalheiras formada por granitos com 580 milhões de anos.

Foto 3 – Filmagem próxima a barragem do Açude Gargalheiras.
Foto 4 – Artesão Dimas Ferreira esculpindo uma peça em granito.
Foto 5 – Geoforma Pedra da Santa.
Foto 6 – Seu Deca e Dona Pretinha protetores do Sítio Arqueológico Xiquexique.
Foto 7 – Guia Damião Carlos, de Carnaúba dos Dantas, falando sobre as pinturas rupestres.
Foto 8 – Metaconglomerados (rocha metamórfica rica em diferentes fragmentos).
Foto 9 – Vista sobre a Serra da Capelinha formada por metaconglomerados.
Foto 10 – Final do dia abençoado com um belo pôr do sol.
Foto 11 – Guia Roni Von, de Cerro Corá, explicando a Casa de Pedra em Serra Verde.
sexta-feira, 16 de março de 2012
Morre Aziz Nacib Ab'Sáber

O geógrafo nasceu em São Luiz do Paraitinga, no interior paulista, em 24 de outubro de 1924. Filho de imigrante libanês e mães brasileira,ingressou na Faculdade de Geografia e História da Universidade de São Paulo aos 17 anos. Pouco depois, tornou-se professor universitário. Mesmo aposentado, o intelectual continou atuante. Segundo a SBPC, Aziz visistou na tarde da quinta-feira 15 a sede da instituição, que presidiu entre 1993 e 1995, e entregou um DVD com toda sua obra publicada para divulgação. Uma de suas marcas era o forte posicionamento político. Durante as discussões sobre o novo Código Florestal, fez declarações criticando o texto que, segundo ele, não considerava os diferentes climas do país.
A Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP decretou luto oficial nesta sexta-feira, com suspensão das aulas. O velório ocorrerá a partir das 19h no Salão Nobre da instituição.
Em nota, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “Aziz Ab’Saber foi, sem dúvida, um dos maiores geógrafos que o Brasil já teve. Seu profundo conhecimento da geografia e seu compromisso inabalável com o povo brasileiro foram fonte de inspiração para todos nós”
Lula contou ter convivido “intensamente” no Instituto Cidadania, no Governo Paralelo e, sobretudo, nas Caravanas da Cidadania com o professor. “Juntos, percorremos todos os cantos do Brasil, conhecendo a diversidade do nosso país e do nosso povo. A presença do professor Aziz, com sua inteligência e sabedoria, transformou essa experiência em algo extraordinário”.
Segundo o ex-presidente a presença “sempre ativa, crítica e opinativa foi fundamental e ajudou a construir muitas das políticas públicas brasileiras”. “E foi assim que ele se manteve até seus últimos momentos”.
Por fim, Lula disse que “Aziz deixará muita saudade, mas o conhecimento que ele transmitiu a todos nós continuará, com toda certeza, presente em nossas ações”. “Nessa hora de tristeza prestamos nossa solidariedade a seus familiares”, encerrou.
Artigo: A Historia da Geomorfologia no Brasil: a contribuição de Aziz Nacib Ab'Sáber
Fonte: Carta Capital
sábado, 10 de março de 2012
Grupo Universitário de Pesquisas Espeleológicas
Vídeo Memórias da Terra
Sabe que Dia é HOJE?

10 de março de 2012.
segunda-feira, 5 de março de 2012
Portugal: primeiro inventário do país indica locais a preservar
Segundo José Brilha, docente e coordenador do projecto, que envolveu mais de 70 cientistas de universidades e associações e a Fundação para a Ciência e Tecnologia, “já existia um levantamento feito ao nível da fauna e da flora, mas era fundamental classificar locais de valor abiótico [influências que os seres vivos recebem num ecossistema], com interesse científico, revelando a importância de ser gerido e preservado pelas autoridades nacionais que tratam da conservação da natureza”.
José Brilha enfatiza que “há locais que não devem ser destruídos, pois são importantes testemunhos científicos dos acontecimentos-chave que marcaram a história do planeta, nomeadamente do território português”. Por isso, o estudo deverá agora conhecer uma fase de “validação junto do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, conseguindo que este organismo passe a gerir também este património natural”. A investigação vai dar origem a um livro que pretende dar a conhecer a riqueza geológica nacional.
O projecto dá a Portugal os instrumentos necessários para implementar uma política de geoconservação, com base neste conjunto de locais que correspondem às ocorrências da geodiversidade com valor científico. Paralelamente, o objectivo dos investigadores é “cruzar informação com os colegas espanhóis, que realizaram em Espanha um estudo semelhante, para, em conjunto, definir um inventário à escala Ibérica”.
Numa fase posterior, é objectivo articular, nomeadamente com a França e Itália, a inventariação do sul da Europa, visando num médio prazo classificar geologicamente a Europa. “Em Portugal tínhamos um ligeiro atraso neste campo, pelo que agora estamos em condições de comparar o nosso património geológico com o dos outros países. Aliás, para a sua área geográfica, Portugal é dos países europeus com maior geodiversidade”, acrescenta
sábado, 3 de março de 2012
Artigo - Painéis Interpretativos no Parque Nacional do Iguaçu
GeoPortugal - Vídeo
Praça Geológica Lavas Almofadadas de Pirapora do Bom Jesus.
A feição é de estruturas globulares de aproximadamente 50 cm originadas pelo rápido resfriamento de lava em ambiente subaquático, provavelmente marinho. Com o resfriamento quase que instantâneo, forma-se uma crosta endurecida, mas o material ainda plástico do interior rompe esta casca e origina outras estruturas globulares (figura abaixo), de tal forma que o conjunto todo parece uma pilha de almofadas, daí o nome “lavas almofadadas” ou em inglês “pillow lavas”.

As estruturas globulares em rocha basáltica de Pirapora do Bom Jesus eram consideradas como produto de alteração pelo intemperismo, processo muito comum em nosso país, devido às chuvas e calor, que promove o esfarelamento das rochas duras e as tormam mais mole, parecendo estar podre, na forma de camadas concêntricas e arredondadas, como casca de cebola.
Em preparação de aula de campo para o curso de Geologia, em 1980, professores do Instituto de Geociências da USP estiveram na região, quando o Professor Mário Figueiredo se espantou ao ver as tais estruturas e exclamou: - isto são “pillow lavas!”, uma vez que tinha visto, durante seu doutoramento no Canadá, um filme da BBC de atividade vulcânica subaquática onde a constatação de como se formam é muito didática.
Desde aquela época, todo ano são feitas aulas de campo com alunos para visita de outro afloramento, um pouco melhor, numa área já urbanizada de Pirapora do Bom Jesus. A parada de ônibus com vários alunos olhando e fotografando o barranco chama a atenção dos moradores locais, sem ao menos saberem do que se tratava, ao ponto que o terreno ficou conhecido como “Terreno da USP”.
No dia 1º de março de 2012, foi dado o primeiro passo para suprir uma deficiência ainda comum no meio científico – que é a de não divulgar o que tem sido pesquisado e descoberto no âmbito universitário. Incentivados pelo Professor Colombo Tassinari, que tem um estudo mais recente sobre estas rochas vulcânicas, alunos do curso de Licenciatura em Geociências e Educação Ambiental (LiGEA), Elthon Nakashima e Thiago Henrique, fizeram uma placa e folhetos com explicação simples e objetivas sobre a estrutura. Foi colocada a placa e inicia-se o processo de criação da Praça Geológica Lavas Almofadadas de Pirapora do Bom Jesus, que conta com apoio e interesse do Prefeito de Pirapora – José Carlos Alves, conhecido como Bananinha, e do Secretário de Turismo Hermar Pião, o qual tem a intenção de incluir esse ponto no roteiro turístico dos Bandeirantes.
O próximo passo será o desenvolvimento de projetos educacionais junto às escolas, a fim de promover a educação patrimonial e a preservação do local, que é um patrimônio geológico, em função da sua raridade e estado de preservação.
O presente projeto conta com financiamento do Fundo de Cultura e Extensão da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP.
Placa com texto explicativo sobre as lavas almofadadas e sua origem e importância